setembro 01, 2014

volta, loucura!

Sempre fui uma rapariga calma, que não fala muito à primeira vista e que nunca dá o primeiro passo para nada. Quantas oportunidades não se perdem assim? Como eu adoro ser clichê, aqui vai: eu arrependo-me de tudo aquilo que eu não fiz.
Felizmente, estes últimos anos tornaram-me uma pessoa rija, mais confiante e sempre com algo a dizer. O mais importante é saber, precisamente, quando é que mais vale não dizer nada. Normalmente, só descubro que me devo calar quando acabo de dizer o maior disparate deste mundo e do outro. O jeito que me dava saber antes de abrir a boca!
Isto tudo para vos dizer que hoje sou uma rapariga do centro, mas com norte no jeito de ser. Ou talvez não, mas gostava. Não sou do norte, mas trago comigo a determinação e a coragem que só os portugueses sempre demonstraram. Aprendi-as quando me deixei cair tempo demais até que já ninguém tinha força para me segurar. Aprendi-as quando aprendi a gostar. 
Quem se mete no amor só pode ser parvo ou corajoso. Chamemos-lhes, simplesmente, loucos.
Mas a maior coragem de todas chega quando não temos medo, nem dos outros nem de nós próprios. Quando não temos nada a perder. Porque só aí é que podemos dar-nos ao luxo de não perder nada.
Este ano descobri que sou uma rapariga cheia de coragem. Ou, simplesmente, louca. Mas foi no meio dessa insanidade mental que encontrei a minha paz de espírito. 
A verdade é que é agora, sem essa loucura, que estou a dar em doida. 


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