Eu sou aquela pessoa que faz um esforço por se dar bem com todos, por perceber o outro lado da questão, por manter a calma neste mundo. Mas, sendo sincera, quem é que eu quero enganar? A verdade é que a minha paciência e vontade de me cruzar com pessoas é incrivelmente reduzida.
Por exemplo, quando estou a chegar a casa e reparo que está um vizinho a chegar, acelero o passo porque sei que se o apanho tenho de lhe ficar a segurar a porta até ele e os mil cachorros que traz na trela passarem.
Também sou o tipo de pessoa que nas raras vezes em que usa o elevador do prédio, fecha a porta o mais rápido possível para não apanhar aquela vizinha aborrecida que cheira a naftalina. Não lhes dou com a porta na cara, mas quase.
Há dias em que vou às compras e passeio o cesto de mão pelos corredores do supermercado, quando dou de caras com um colega ou um amigo de família do qual já nem me recordo bem.
- Acho que concordam comigo: haverá algo mais chato do que encontrar um amigo de família? "Estás tão crescida! Como está a tua mãe? E o teu irmão? E de resto, está tudo bem?". Não há.
Eu gosto de pensar que as pessoas ainda acham que sou simpática, mesmo por detrás dos sorrisinhos forçados que acompanham o meus "bom dia" às 8h da manhã, em tempo de aulas.
Honestamente, acham mesmo que a essa hora da manhã alguém tem disposição para cortesias?
Eu por acaso tenho sorte porque vivo numa vivenda, e é raro encontrar os meus vizinhos a entrar ou sair de casa.
ResponderEliminarNão costumo encontrar familiares porque os meus pais não são de Lisboa, mas professores e amigos de família acontece-me muito. Se puder, fujo a sete pés e digo à minha mãe para se despachar :b
Sou tal e qual! :p
ResponderEliminar-Segui :)